A Festa da Virgen de la Candelaria é uma das celebrações mais grandiosas e importantes do Peru, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Esta festa religiosa e cultural acontece na cidade de Puno, localizada às margens do Lago Titicaca, e reúne milhares de participantes, incluindo dançarinos, músicos e devotos.
Celebrada todos os anos em fevereiro, a Festa da Virgen de la Candelaria é uma expressão vibrante da fé católica mesclada com tradições andinas. Neste texto, explicaremos a história dessa festa, quando e onde ela acontece, as tradições que a envolvem e por que vale a pena participar deste evento em Puno.
A devoção à Virgen de la Candelaria no Peru remonta ao período colonial, quando os espanhóis trouxeram a imagem da santa ao território andino. Em Puno, a Virgen de la Candelaria é considerada a padroeira da cidade e protetora dos mineiros, pastores e dos povos indígenas. Sua imagem está diretamente relacionada às tradições agrícolas e pastoris, que veem na Virgem uma figura que simboliza a fertilidade e proteção contra as adversidades.
Com o passar do tempo, a festa da Virgem da Candelaria em Puno tornou-se não apenas um evento religioso, mas também uma celebração cultural. Ela passou a incluir danças tradicionais, como a diablada e a morenada, que têm raízes na cultura andina pré-colombiana, mostrando a fusão entre o catolicismo e as crenças indígenas.
A Festa da Virgen de la Candelaria é celebrada em fevereiro, com a principal data sendo o 2 de fevereiro, dia oficial de veneração à Virgem. No entanto, as comemorações se estendem por várias semanas, com eventos religiosos, concursos de danças folclóricas e desfiles que se prolongam até a segunda quinzena do mês.
As celebrações acontecem em Puno, sendo o centro das atividades a Igreja de San Juan Bautista, onde está localizada a imagem da Virgen de la Candelaria. As procissões percorrem as principais ruas da cidade, enquanto as apresentações folclóricas e concursos de danças são realizados em grandes espaços públicos, como o Estádio Enrique Torres Belón e a Plaza de Armas.
A Festa da Virgen de la Candelaria é conhecida por suas tradições vibrantes e coloridas, que atraem visitantes de todo o mundo. As principais tradições incluem:
Procissão da Virgen de la Candelaria: A procissão é um dos momentos mais importantes da festa. A imagem da Virgem é carregada pelas ruas de Puno, acompanhada por fiéis e músicos que tocam canções tradicionais. Este ato de devoção demonstra a profunda fé da população local na proteção da padroeira.
Danças Folclóricas: A festa é especialmente famosa por suas apresentações de danças folclóricas, que reúnem mais de 40 mil dançarinos e cerca de 5 mil músicos. Entre as danças mais populares estão a diablada, a morenada, o huayno e o caporales, que representam as diferentes culturas e tradições dos povos andinos.
Essas danças são caracterizadas por trajes elaborados, máscaras coloridas e movimentos que simbolizam histórias mitológicas, batalhas entre o bem e o mal e celebrações à fertilidade.
Concursos de Danças e Músicas: Durante a festa, há competições entre grupos de dança e música, que competem pelo título de melhor apresentação folclórica. Os concursos são realizados no Estádio Enrique Torres Belón, e são um espetáculo à parte, com coreografias impressionantes e uma explosão de cores e ritmos.
Misas e Cerimônias Religiosas: A devoção à Virgen de la Candelaria é celebrada com uma série de missas, novenas e outras cerimônias religiosas. A mais importante delas é a Missa de Vésperas, realizada no dia anterior à procissão principal, onde fiéis se reúnem para homenagear a padroeira e pedir suas bênçãos.
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A Festa da Virgen de la Candelaria em Puno é muito mais do que uma celebração religiosa; é uma verdadeira homenagem à cultura e ao folclore peruano. Com uma combinação única de devoção católica e tradições andinas, a festa oferece uma experiência rica e inesquecível. Se você está planejando uma viagem ao Peru em fevereiro, incluir a Festa da Candelaria no seu roteiro é uma excelente escolha para vivenciar de perto a riqueza cultural do país e a hospitalidade do povo de Puno.
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