As praças espalhadas pelas cidades do Peru são um atrativo turístico a parte. As praças principais, localizadas bem no centro das cidades, são um ponto de encontro e encantam pela grandiosidade e beleza. É em torno delas que estão os melhores bares, restaurantes, lojas e comércio, no geral. Além disso, nelas são realizadas as principais festas do país, manifestações, apresentações, etc, tornando-as, sem dúvidas, em lugares historicamente importantes. No Peru é muito comum o termo “Praça de Armas”, que foi introduzido na América do Sul em países submetidos à coroa espanhola nos séculos XVI e XVII.
Na Espanha não se utilizava esta nomenclatura para a praça principal de uma localidade ou cidade, mas sim o termo Praça Maior. Apesar de também ser utilizado no Peru, a denominação mais comum é a de Praça de Armas. Isso se deve a que na colônia, logo após a conquista, estas praças se utilizavam para concentrar os arsenais e o exércitos em caso de ataque. Normalmente se instalavam aí uma espécie de quartel, além dos principais edifícios da administração pública e religiosos, como igrejas, monastérios, conventos e seminários.
Separamos as principais praças de Lima e de Cusco, para que você se programe para inclui-las no seu roteiro de viagem para o Peru.
A Praça de Armas de Lima ou Praça Maior de Lima, foi desenhada pelo próprio conquistador espanhol Francisco Pizarro em 1535, aproveitando o desenho da então existente localidade criada pela antiga etnia Lima, já dominada pelos incas quando os europeus chegaram ao Peru. O espaço era amplo e já contava com edifícios pré-incas, até mesmo canais de irrigação, entre outras melhorias. O palácio existente foi tomado por Pizarro como sua residência particular, desalojando assim a autoridade ou governador inca responsável pela zona.
A praça passou por várias remodelações durante anos, mas manteve seu desenho original e a cidade de Lima cresceu ao redor dela. Atualmente aí estão localizados o Palácio do Governo, a Catedral de Lima, onde inclusive repousam os restos mortais do conquistador Francisco Pizarro, o Palácio Arcebispal, o Palácio Municipal, a Guarda Real, entre outros. Foi exatamente nesta praça que, em 1821, José de San Martín proclamou a independência do Peru.
A Praça San Martín está localizada no centro histórico de Lima, bem próxima à Praça de Armas. Foi construída no ano de 1991 pelo então presidente da república Augusto Leguía, para comemorar o centenário da independência. A praça foi declarada patrimônio da humanidade pela UNESCO no ano de 1988 e está construída com bancos de mármore e piso de granito, além de arcos neobarrocos. A praça, considerada um dos espaços mais representativos da cidade de Lima, foi construída em homenagem ao homem que proclamou a independência do Peru, o argentino Don José de San Martín.
A Praça Bolívar, também chamada de Praça do Congresso ao Praça da Inquisição, se encontra no centro histórico da cidade de Lima, no local chamado de Bairros Altos. Foi construída no século XVI, porém no ano de 1825 teve seu nome mudado para homenagear a Simón Bolívar, libertador de seis países da América do Sul. No passado, muitas construções ocuparam o local da atual praça, desde um reservatório de água, um hospital, uma universidade, até o tribunal católico da santa inquisição. Talvez seja a praça de Lima que foi conhecida por mais nomes diferentes durante sua história. Em 2002 foi inaugurado no local o chamado “túmulo do soldado desconhecido”, um tributo a um soldado peruano não identificado que morreu no ano de 1881 na batalha de defesa de Lima durante a Guerra do Pacífico.
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A Praça de Armas de Cusco é o coração da cidade imperial. Todas as celebrações importantes, festas e desfiles acontecem neste local. A praça já tinha grande importância na época inca, porém os historiadores divergem sobre seu nome original. O mais aceito seria Huacaypata (lugar de pranto, em quéchua). Acredita-se que originalmente o lugar estava ocupado por um pântano e que foi aterrado e coberto por areia trazida da praia. Nesta praça os incas celebravam suas principais festas, como o Inti Raymi, o Huarachicuy, o Cápac Raymi, entre outras. Foi aí que Francisco Pizarro declarou a vitória espanhola em 1533 e o rebelde Túpac Amaru II foi morto pelos europeus em 1781.
A Praça Regocijos (ou Regocijo) se localiza ao lado da Praça de Armas e no passado teria sido uma extensão ou um setor da mesma. Chamada pelos incas de Cusipata (lugar de descanso, em quéchua), o complexo estaria dividido pelo rio Shapy, que atualmente passa por baixo da rua de mesmo nome e se estende até o final da Avenida El Sol, também pelo subterrâneo. Cusipata teria sido grande, chegando até a atual Praça San Francisco, e estaria repleta de plataformas de cultivo (andenes). Atualmente a Praça Regocijos é um local bastante agradável, cercada por hotéis, lojas, cafés e restaurantes.
A Praça Nazarenas se encontra a umas duas quadras da Praça de Armas, atrás do Museu Inca. Esta talvez seja a praça mais charmosa e tranquila da cidade, tanto que este pequeno espaço reúne três dos seis hotéis 5 estrelas de Cusco, além do Museu de Arte Pré-Colombiana. Aí se encontra o famoso hotel Monastério, além do Palácio Nazarenas, que dá nome à praça. Este último ocupa o que foi um convento na época da colônia, que por sua vez foi construído aproveitando a estrutura de um antigo palácio inca.
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